Pa-ra-fi-li-a: "Designação genérica para comportamentos sexuais que se desviam do que é geralmente aceite pelas convenções sociais, podendo englobar comportamentos muito diferentes e com diferentes graus de aceitabilidade social." Foi deste conceito que Christian Joyal, investigador da Universidade do Quebeque, partiu para o estudo agora publicado no The Journal of Sex Research. "A última versão do manual de diagnóstico psiquiátrico americano (DSM-5) definiu o que é um comportamento sexual normal sem existirem dados sobre isso. Decidimos fazer um inquérito à população para ter uma ideia de quais são as práticas sexuais comuns e as incomuns", explica o psicólogo à SÁBADO. Que lhe copiou o método para averiguar o mesmo, em Portugal.
Foram 1.040 os homens e mulheres canadianos, dos 18 aos 64 anos, que responderam às questões sobre fetiches. Das opções faziam parte "parafilias" como sadismo, masoquismo, exibicionismo, travestismo, sexo a três ou em grupo e frotteurism (praticado por quem tem prazer ao roçar o corpo em estranhos). "Pegámos nos exemplos de parafilias dados pelos manuais psiquiátricos para fazer a lista." A SÁBADO, que decalcou as opções canadianas e colocou-as num questionário online aos portugueses, igualmente nas formas fantasiada e concretizada, inquiriu um número mais modesto de pessoas: 116.
Sem surpresas, chegou à mesma conclusão que Joyal: quando o assunto é cama e diz respeito a dois (ou três ou mais) parceiros adultos e consensuais não existe "normal". "Descobrimos que algumas das práticas rotuladas como anómalas na psiquiatria são afinal bastante comuns." Os canadianos, por exemplo, revelaram-se grandes adeptos do masoquismo. Os portugueses também, mas o maior desejo que têm por concretizar é outro: sexo a três.
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