O DIÁRIO DE ANA TOMAZ

O DIÁRIO DE ANA TOMAZ

Cheguei trinta minutos antes do tempo, olhei pela janela e vi a minha linda Lisboa. Senti a adrenalina a subir pelo meu corpo e agradeci ao fim deste tempo todo ainda experienciar este tipo de sensações. Olhei à minha volta, o quarto era grande, com alguns pormenores, mas livre de romantismos.

 

Pensei em mim e no caminho que percorrera, já tinha tido diversos encontros que me proporcionaram muito prazer e que me fizeram descobrir que, o que mais aprecio no sexo é o poder que temos sobre os outros. Nada é mais inebriante do que causar prazer no outro, tornar-nos inesquecíveis e únicos... Este foi o caminho que escolhi, enquanto a idade mo permita e a minha mente for a minha grande aliada neste jogo.

 

Voltei a olhar para aquele quarto e pensei uma vez mais que a escolha tinha sido perfeita. Senti um pouco de orgulho na minha capacidade de escolher o ambiente perfeito consoante os intervenientes. Adoro estudar as pessoas e tudo o que faço é meticulosamente pensado e projectado, a experiência diz-me que devemos ser previdentes e há muito que me deixei de jogos, onde possa estar em desvantagem.

 

Coloquei uma cadeira no centro do quarto virada para a cama. Fui até ao espelho, retoquei a maquilhagem e não me reconheci como a Ana de outrora, cheia de complexos e medos. Afastei essa imagem e preparei-me para mais um espectáculo. Bateram à porta e coloquei-me estrategicamente junto à janela, com a luz nas minhas costas, desta forma seria a primeira a vê-los e não eles a mim.

 

Disse para entrarem, era o primeiro jogo deles e senti de imediato o seu medo e ansiedade. Lembrei-me como tinha sido a minha primeira vez nestas andanças, mas não estava ali para fazer amigos e muito menos para fazer conversa de circunstância. Avancei na direcção dela e beijei-a demoradamente, senti a sua respiração a ficar ofegante e percebi que ia ser fácil.

 

Mandei-o ficar sentado na cama e pedi que ela se dirigisse para a cadeira e que ficasse de pé. Despi o seu vestido de forma cuidadosa, sempre com os meus olhos colados nos dela. Tinha um bom corpo e uma lingerie escolhida a preceito, gosto de mulheres que se cuidam. Pedi que se sentasse e abri-lhe as pernas delicadamente, atei uma corda no tornozelo esquerdo e outra no direito, atando-as posteriormente a dois pregos colocados estrategicamente no chão do quarto. Ficou de pernas bem abertas, mas confortável, em seguida peguei nos seus braços e prendi-os com uma fita preta atrás das costas da cadeira.

 

Não a vendei, pois percebi que não precisava disso para se libertar, puxei-lhe o cabelo e beijei-a uma vez mais de forma intensa e mais uma vez a sua respiração ficou pesada. Passei a minha língua pelo seu pescoço e atei-o às suas mãos para que esta não tivesse contacto visual com o marido. Dirigi-me para as coxas e demorei-me entre estas e as virilhas. Coloquei uma bola lubrificante dentro dela e percebi o quão molhada estava. Olhei para o marido e vi o desejo estampado na sua cara. Dirigi-me até ele, beijei-o e toquei-lhe. Não havia margem para dúvidas, era a fantasia da vida deles. Não permiti que me tocasse, ordenei que se despisse e que observasse tudo o que se iria passar.

 

O quarto era grande e o barulho dos meus saltos no soalho era poderoso e intimidante, foi giro ver como as pernas dela tremiam sempre que ouvia um dos meus passos na sua direcção. Retirei-lhe a parte de cima do seu magnífico conjunto de lingerie, coloquei uma pinça em cada um dos seus mamilos hirtos e senti o prazer que isso lhe causou. Dirigi-me uma vez mais às suas coxas e fiz-lhe sexo oral, ela atingiu o clímax diversas vezes e com relativa facilidade.

 

Libertei-lhe o pescoço e fi-la olhar directamente para o marido e ver o desejo que ele estava a sentir. Mantive-a amarrada e dirigi-me a ele, obriguei-o a estar sempre a olhar para ela e coloquei-me em cima dele. Ela adorou vê-lo com outra mulher, porém não me demorei, esse não era o propósito daquele encontro. Agarrei o rosto do homem com uma mão e sussurrei ao seu ouvido que soltasse a mulher. Não fiquei para ver o final, não me interessava minimamente o que se ia passar a seguir. Retirei-me do quarto, sem nunca olhar para trás e fui à minha vida como se nada tivesse acontecido.

Ana Tomaz

Posted on 2016-08-10 ESTÓRIAS 0 6261

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