90% Dos homens traem as suas companheiras, óbvio que não é um dado fidedigno, uma vez que, não fiz nenhum inquérito sobre o assunto e sinceramente também não o faria. As pessoas mentem e muito e ainda mais, quando os assuntos são delicados. Eu sou mulher, já traí, já fui traída (doeu bastante, mas não fiquei ressabiada), e numa próxima vez, falaremos sobre as traições das senhoras.
Vamos lá falar dos machos, porém não podemos colocá-los todos no mesmo saco. Por isso, vamos aqui fazer uma segmentação.
Neste grupo temos dois tipos de traidores, os que se apaixonam verdadeiramente e decidem separar-se (minoria) e os que nunca têm sexo com a mulher, que dormem no sofá e que só estão juntos, porque a mulher é má, ou tem uma doença qualquer ou por causa dos filhos.
Vamos debruçar-nos sobre os coitadinhos, que têm uma mulher que é um monstro ou que está doente ou que têm filhos pequenos.
Ora bem, esta desculpa é digna de museu, de tão antiga que é. Mas, é mesmo um caso de sucesso e deveria ser um “case study”. Nós mulheres somos muito mais emotivas que os homens, adoramos fazer o papel de mães e também, não resistimos a um bom drama.
Lamento informar-vos, é quase tudo mentira. Vocês vão acabar infelizes, amargas, à espera que ele tome a decisão (que nunca vai tomar) e no final, em vez de arranjar uma nova mulher, arranja uma nova amante. No entanto, pode-se dar o caso, da mulher dele descobrir e sabiamente, despachá-lo. Nesse caso, vocês passam a ser a oficial (ou não), yupiiii e entretanto, ele arranja uma nova amante que adora ser mãe de gajos crescidos e que não resiste a dramas.
Não resistem a conquistar o público feminino, flertam a toda a hora e se tiverem a sorte de alguma lhes dar conversa, “esfregam as mãos de contentes” e não se fazem de rogados. Este tipo de homem, não é dado a remorsos e nunca vai deixar de ser assim, porque é algo que lhe corre nas veias.
Estas traições servem única e exclusivamente, para afagar-lhes o ego, para assegurar-lhes que ainda são apetecíveis e que ainda não perderam o poder da sedução. Na maioria dos casos, nenhum destes “affairs” tem importância para eles.
Com o avançar da idade, a insegurança aumenta e a necessidade de provar que são garanhões não diminui. Os que envelhecem como o “Paul Newman”, não têm tantos problemas e se tiverem dinheiro menos ainda. Os que envelhecem mal e têm dinheiro, fazem figuras tristes e os que envelhecem mal e não têm dinheiro, ficam com as lembranças dos tempos idos.
Porque traem, pelos mesmos motivos que os restantes e neste grupo temos também dois tipos. Os que têm a amante fixa e que é tratada como se fosse mulher e os que recorrem a serviços de acompanhantes.
Os do primeiro grupo, normalmente providenciam tudo à amante, dão-lhes casa, carro, roupas, operações plásticas, cabeleireiro e tudo mais.
Mantêm-na feliz, porque querem o melhor para eles e também, não querem problemas (e claro que, o dinheiro não é problema para eles). Inevitavelmente, estes também acabam por se cansar da amante. Porque existem outras mais novas, porque a amante começa a querer ser a esposa e por outras razões que não vêm ao caso. Como é que se livram da amante indesejada? Pagam, ameaçam que lhes tiram tudo ou então lixam-se. Tudo depende da inteligência do individuo e por isso, a razão das aspas na palavra “asseguram”.
Agora o segundo grupo, quanto mim, um pouco mais inteligentes que os do primeiro. Garantidamente, se fizerem a coisa bem-feita, a probabilidade de terem problemas é significativamente menor que os anteriores. Mas este é um mundo extremamente complexo e se vos passa pela cabeça que estas mulheres são burras, na maioria não são. Têm uma grande escola de vida e conhecem os homens como ninguém. Elas são confidentes, são máquinas de sexo, são dançarinas, são o que eles quiserem e aparentemente são eles que mandam. Porém, elas querem que eles pensem que mandam, porque tudo é feito com um imenso despreendimento. O verdadeiro poder, reside na capacidade de manipular o outro.
Não estou a dizer, que não existem as ingénuas e as que não têm o sonho da “Pretty Women”, existem. Mas o número é bastante mais baixo, quando comparado com as raparigas (com empregos “normais”, chamemos-lhe assim) que andam por ai à espera do príncipe encantado. É um negócio puro e duro, sem espaço para grandes “castelos na areia”.
Estes recorrem a acompanhantes e adoram fazer estas coisas em grupo. É como ir a um jogo da bola, um convívio entre machos. Uma coisa natural, passada de geração em geração e portanto, não se pode quebrar a tradição.
Sobre estes, não tenho muito mais a dizer, é uma cena cultural, que também não tem nada a ver com amor, mas sim com necessidade de afirmação.
Estes são as “marias vão com as outras”, fracos de espirito (obviamente inseguros) e que não fazem ideia, do que é ter uma espinha dorsal. Provavelmente quando são apanhados, dizem às mulheres que a culpa é dos amigos. F******, por favor, separem-se deste gajo.
Colocam a culpa em tudo e todos, menos neles… frases do tipo “o que querias que fizesse, ficasse ali a ver, ia dar o ar que sou um tótó” e é mesmo, ou “desculpa meu amor, eles obrigaram-me”, c******, separem-se deste gajo e para finalizar “estava muito bêbado e não me lembro de nada”.
Mentiraaaaaaaa!!! Só desculpas medíocres, que não contribuem de forma positiva para a sua imagem. Óbvio que eles não percebem isso, mas o verdadeiro problema é que muitas de nós, também não. No entanto, o problema está neles e não em nós. Fujam, mas antes metam-lhe um grande par de cornos, sem problemas de consciência.
Eles existem, não é um mito urbano. Como aquele, que de vez em quando surge, entre pequenos e graúdos, que diz o seguinte: “Se fizermos sexo oral e engolirmos o esperma, podemos engravidar”. Não, ELES EXISTEM MESMO!!!
Só não sei se, são pouco inteligentes ou se são apenas estúpidos. Justificam-se com “vou meter-lhe os cornos, antes que ela o faça primeiro”, “Olha, encornei-te porque tive medo que me traísses…”.
Pois é, não só estão a assumir que a sua mulher/ namorada (whatever!) é pouco confiável, como também estão a assumir que são inseguros. Pessoal, ninguém gosta de ser traído, mas quem pensa desta forma, merece que lhes façam o favor. Por isso força!
Este é o mais complicado de todos (na minha opinião). Sim, são cobardes, mas a sociedade não é nada meiga para muitos destes homens. Não os estou a desculpar, até porque, traição é sinónimo de deslealdade e a pessoa que é enganada, no mínimo não merece isto.
Porém, muitos destes homens nascem em famílias tradicionais, onde a homossexualidade é vista como uma doença. Vivem num medo constante, sob uma pressão imensa e acham que são anormais. Viver desta forma, não pode dar bom resultado. Felizmente estes casos estão a diminuir, principalmente nas grandes cidades (como Lisboa).
Agora olhem para o interior deste nosso país ou então, dirijam-se um pouco mais para norte, por muito que custe a admitir, a realidade é outra. Mudar mentalidades ou mudar pessoas que não querem mudar, é tarefa inglória. Mas, se devemos continuar a falar sobre o assunto, claro que sim. Se devemos sensibilizar as pessoas para estes temas, sem dúvida. Mas, lutar contra o preconceito e ignorância é uma batalha duríssima.
Agora o meu caso, que poderia ser o 8º tipo de traição: Os que traem porque não têm coragem de terminar a relação. Pois bem, fui traída porque o meu namorado não teve coragem de terminar a relação. Por isso, optou por me trair (que era algo que já lhe devia apetecer há muito), pois sabia que não o iria perdoar. De certa forma, tive o trabalho todo e ele gozou o “prato”. Mas o pior não foi a traição, mas sim, o teatro que fez quando me contou o sucedido. Desde, "perdoa-me", "és o amor da minha vida", "foi uma estupidez" e mais umas tantas baboseiras, que não são dignas de figurar neste texto.
Não só me dificultou imenso a vida, como fiquei a saber que era estúpido, porque não teve a inteligência de guardar o plano que engendrara a “sete chaves”. As pessoas esquecem-se que, o pessoal adora magoar os outros, principalmente quando já estamos totalmente estraçalhados e sem forças para sofrer mais. Foi o meu caso.
Alguém bastante caridoso, teve a decência de me vir contar (volto a reiterar – após a relação terminar e depois do teatro feito), que o dito cujo já não gostava de mim há muito tempo, que lhe dizia imensas vezes que estava farto da relação e que tudo em mim o irritava, tendo terminado esta revelação com, “tinha que te contar, afinal sou teu amigo”. Querias era comer-me, parvalhão... (foi um à parte).
Fiquei destroçada, senti-me a pior coisinha que caminhava à superfície da terra e chorei ainda mais. Depois de me recuperar (eu recupero relativamente rápido), percebi o favor que ele me tinha feito e um daqueles enormes. Porque quando alguém que age desta forma, não tem, com toda a certeza, os ditos no sítio.
Uns meses mais tarde, andava eu na minha vida, a divertir-me à grande, o dito cujo deu à costa (isto faz-vos lembrar alguma coisa). O discurso foi fantástico, estava arrependido e que tinha sido um estúpido. Igualzinho, ao que vos relatei no primeiro parágrafo da minha história (o teatro). Volto a referir, que me andava a divertir à grande (para bom entendedor meia palavra basta), claro que o presenteei com o melhor de mim, com o meu profundo desprezo.
"Falo" desta forma, mas não tenho mágoa. Porém, parece uma história de adolescentes, mas não, já estávamos perto dos 30…
E agora porque é que as mulheres traem? Meninas e meninos algumas pistas?
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