PORQUE FINGIMOS ORGASMOS

PORQUE FINGIMOS ORGASMOS

É triste pensar que a maioria das mulheres já fingiu pelo menos uma vez um orgasmo. E é tão fácil... Meia dúzia de gemidos, mais uns quantos suspiros e uns tantos apertões e a coisa está feita.

MAS PORQUÊ?

Por que tantas de nós os fingimos? Será uma pressão social? Estará relacionado com expectativas sexuais? Ou com os sentimentos do nosso parceiro? Ou simplesmente com o desejo que termine rápido?

De acordo com alguns estudos, existem quatro grandes razões que levam as mulheres a fingir orgasmos, sendo estas:

  1. Preocupação com os sentimentos do parceiro;

  2. Para evitar sentimentos negativos com a experiência sexual;

  3. Tentativa de aumentar a sua própria excitação;

  4. Para que termine rapidamente.

Tudo isto é válido, mas qual é o cerne da questão? Qual é o principal motivo, que leva a que uma mulher sinta necessidade de o fingir, em vez de dizer que não conseguiu atingir o orgasmo?

Acham que todas as relações sexuais têm que acabar em orgasmo

para ambas as partes.

É preciso gerar alguma consciência para esta temática, porque fingir orgasmos acarreta efeitos nocivos a nível emocional e psicológico. As mulheres sentem que falharam e mais do que isso, sentem-se envergonhadas.

É necessário acabar com o mito de que, todos os encontros sexuais têm que acabar em orgasmo para ambas as partes e tentar fazer com que as pessoas percebam, de uma vez por todas, que:

As relações sexuais estão relacionadas com prazer e que

os orgasmos não significam uma experiência sexual bem sucedida.

Outra conclusão foi a de que, existe maior predominância para fingir orgasmos em relações de longa data... É necessário fomentar a comunicação entre os casais. Contudo, quando uma mulher pensa em admitir que fingiu um orgasmo, sente medo e tem razões para isso.

As reacções do outro nem sempre são as melhores, porque ter necessidade de fingir um orgasmo, pode ter um impacto extremamente negativo na autoestima do parceiro. Muitos sentem-se menos homens, sentem que foram traídos e que a confiança foi quebrada. Esquecem-se que o caminho é o diálogo e que esta necessidade, muitas vezes, não está relacionada com eles, mas sim com elas e com o que é imposto pela sociedade.

ENTÃO O QUE PODEMOS FAZER PARA MUDAR ISTO?

A Educação Sexual é o caminho. Temos que começar a incutir nas pessoas que o sexo tem tudo a ver com prazer e não com orgasmos. Esta mensagem não está suficientemente difundida e é imperativo que se crie consciência para este facto. Só assim, é que as nossas gerações futuras serão mais assertivas na hora do sexo.

O mito de que todos têm que ter um orgasmo no final da relação sexual, coloca imensa pressão sobre os intervenientes, acabando por fazer com que o foco seja exclusivamente no grande "O".

Quantas vezes já vos perguntaram:  "Já te vieste?", "Quantas vezes te vieste?".

O que sentiram com estas perguntas? "Pressão, muita pressão"

PORQUE FINGIMOS O ORGASMO

Mas a pressão não é apenas para as mulheres, muitos homens sentem-se pressionados para atingir o orgasmo. A sociedade impôs que os homens TÊM que ter um orgasmo... Estas expectativas apenas são boas para criar ansiedade e é um contributo para a masculinidade tóxica. E aqui entramos no campo em que também os homens fingem orgasmos, em menor proporção, mas fingem. E porquê?

  1. Porque é o que se esperam deles e nem sempre é possível (cansaço, turn off);

  2. Porque esperam que seja muito fácil (rápido) atingir o clímax e nem sempre é;

  3. Porque existe muita pressão para proporcionar um orgasmo à mulher e por vezes, essa pressão faz com que não seja fácil atingir o clímax.

Mas como é que acabamos com estas pressões ridículas? Podemos começar por ser melhores pessoas, isto é, deixando de nos julgar uns aos outros – e a nós próprios.

O sexo, como tantas outras coisas, tem uma capacidade brutal de trazer ao de cima os piores pensamentos sobre nós próprios. Durante o sexo, fica-se vulnerável e exposto, tanto psicologicamente quando fisicamente – É tão fácil os pensamentos negativos surgirem e tomarem conta da nossa mente.

Uma das formas de ultrapassar estes problemas, é saber comunicar durante o sexo. A comunicação é a chave para qualquer relacionamento, incluindo os sexuais.

FICA A DICA:

"O (a) vosso (a) parceiro (a) não é responsável pelo vosso orgasmo, vocês é que são. Se não lhes dizem o que querem, como querem e o que precisam, como é que eles adivinham? As pessoas ainda não têm a capacidade de ler a mente!"

ENTÃO, COMO DEVEMOS NOS COMUNICAR E O QUE DEVEMOS COMUNICAR?

  1. Sejam honestos e acabem com os fingimentos;

  2. Verbalizem os vossos desejos, digam o que gostam e o que não gostam, de preferência antes do acto sexual. Isto porque, logo após o sexo pode parecer uma crítica negativa e não construtiva);

  3. Utilizem uma linguagem positiva durante o sexo. É melhor explicar o que gostam, em vez de explicar o que não gostam;

  4. Tenham uma mente aberta e livre de julgamentos. Mas, dizer não é um direito que ninguém vos pode tirar. Contudo, oiçam o vosso (a) parceiro (a), antes de dizer que não.

Posted on 2020-08-30 SAÚDE SEXUAL 0 8397

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